Trabalho de gupo e sua importância

A comunicação é o elemento chave para o sucesso do grupo. Trabalhar em grupo constitui um desafio mais também uma oportunidade de aprender. O verdadeiro trabalho em equipa é um processo contínuo, interativo, de puro conhecimento coletivo e individual, onde o objetivo principal é alcançar as metas propostas. A criatividade, as habilidades, os conhecimentos, o saber ouvir e comunicar, assim como a importância de valorizar a opinião dos outros, são aspetos relevantes para um trabalho de grupo eficaz.

Proposta de trabalho de projeto - Comunicação e Relação em Enfermagem III

A música enquanto instrumento na relação e comunicação com a pessoa

Problemáticas:

• De que modo poderá a música constituir um instrumento auxiliar na prática dos cuidados de enfermagem?

• Será que o enfermeiro, não sendo musicoterapeuta, consegue utilizar a música como recurso no estabelecimento de uma relação de ajuda?

1.        1) Diagnóstico de situação

De acordo com o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros, a prática da enfermagem é centrada, principalmente, em áreas como “a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento, a reabilitação e a reinserção social” (Ordem dos Enfermeiros, 2007, p. 6).

A nível europeu, a enfermagem portuguesa tem sido uma referência relativamente à coerência do percurso, à qualidade na formação e ao desenvolvimento e autonomia da profissão. Deste modo, a formação em enfermagem baseia-se no “desenvolvimento cultural, pessoal, social e ético dos estudantes”(p. 3), de forma a proporcionar bases científicas promotoras do desenvolvimento de competências que permitam um exercício de excelência da profissão, nas mais diversas áreas e contextos (Ordem dos Enfermeiros, 2007).
Durante a nossa formação, adquirimos conhecimentos a nível teórico-prático, entre os quais a realização de cuidados de higiene e conforto, a execução de técnica de penso, a administração de terapêutica, entre outros. Contudo, é descurada a formação no que se refere à utilização de outros recursos, que poderão ser considerados coadjuvantes das intervenções acima referidas tais como o recurso à música. Esta evidência é referenciada em Júnior (2008) ao afirmar que a música tem sido utilizada na área da saúde, não apenas por musicoterapeutas mas também por outros profissionais como o enfermeiro, como recurso na sua prática.

Desta forma, direcionamos este trabalho no sentido de compreender de que forma a música trará vantagens/benefícios para a nossa formação enquanto futuros enfermeiros. Tendo em conta o aspeto comunicacional e relacional desta unidade curricular, é necessário o desenvolvimento de competências a este nível, bem como da criatividade na resolução de problemas.

Assim, este trabalho visa demonstrar ao público-alvo estratégias facilitadoras do estabelecimento de uma relação de ajuda, através da utilização da música, com vista a um enriquecimento dos cuidados de enfermagem. Pretendemos ainda que os futuros enfermeiros consigam compreender a importância da utilização da música como instrumento na prestação de cuidados.

2) Definição dos objetivos 

Objetivo geral:

Pretende-se abordar na Unidade Curricular de Comunicação e Relação em Enfermagem III a influência da música no bem-estar da pessoa, nomeadamente, os possíveis benefícios que poderão advir desta, direcionando-nos para a sua componente comunicacional e relacional, de forma a perceber quais os efeitos terapêuticos que esta apresenta no organismo humano, ao nível biopsicossocial.

Objetivos específicos:

• Realização de pesquisa bibliográfica acerca da Música;
• Publicação online das diferentes fases do trabalho desenvolvido;
• Realização de uma atividade interativa com o público-alvo, colocando em prática estratégias relacionadas com a utilização da Música;
• Publicação online da atividade realizada.

3)      Planeamento

Pretende-se atuar ao nível dos estudantes de Enfermagem, nomeadamente no 3º ano, com o intuito de desenvolver uma competência que garanta uma mais-valia na futura prática de Enfermagem, quer em ensino clínico, quer no exercício profissional. Desta forma, pretende-se desenvolver estratégias relacionadas com a música, a fim de se promover uma comunicação e a relação com o doente eficaz.

Atividades:

• Compreensão do que é a música;
• Compreensão dos benefícios da música na vertente comunicacional e relacional;
• Definição do possível público-alvo da música;
• Realização de pesquisa bibliográfica, e posterior reflexão, acerca da aplicabilidade da música nas vertentes da Saúde Mental e Psiquiátrica e da Saúde Infantil e Pediatria;
• Realização de uma atividade interativa com um determinado público-alvo, colocando em prática as conhecimentos adquiridos;
• Filmagem da atividade realizada;
• Determinação do feedback por parte do público-alvo (discussão acerca da experiência percecionada);
• Compreensão das sensações experienciados pelo público-alvo;
• Exposição online das ilações referidas pelo público-alvo;
• Colocação do vídeo da atividade no blog;
• Comparação dos efeitos experienciados pelo público-alvo com a pesquisa bibliográfica anteriormente publicada (o que é comum, o que acrescenta à pesquisa, diferenças possíveis).

Recursos Humanos:

• Público-alvo.

Recursos Materiais

• Computador;
• Câmara de filmar;
• Pesquisa bibliográfica.

Referências bibliográficas:

Júnior, J.D. (2008). A utilização da música com objetivos terapêuticos: interfaces com a bioética. Dissertação de pós-graduação em Música Stricto Sensu (trabalho não publicado), Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Ordem dos enfermeiros. (2007). Enfermagem portuguesa implicações na adequação ao processo de bolonha no actual quadro regulamentar. Acedido em 6 de Novembro, 2012, em http://www.ordemenfermeiros.pt/documentosoficiais/Documents/2007_EnfermagemPortuguesa_Processo_Bolonha.pdf


Realizado por: 
- Cláudia Sousa;
- Cláudia Viegas;
- Fábio Antunes;
- João Campos; 
- Natália Mendonça.